Sampa

São Paulo quando aflora em olhos poéticos
é porta
janela: descoberta;
é a pétala que acena no meio do concreto,
o recosto para o sonho do alado retirante,
rap incendiando o trânsito
abraço na sombra de um vento que passa

é a estátua em movimento digerindo aplausos
o sorriso compartilhado na aquarela de rostos e monumentos
pássaro de fogo riscando na noite seu canto
estrela que aceita o flerte das manhãs com seus sotaques variados

São Paulo é palco de almas

liberdade que tatua suas cores vivas
em cada muro que acolhe o grito e a luta de seu povo
mar de esperança que seduz com suas vagas.

Rogério Germani


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