A Manhã do Poema


Amanhece,
tônus de tez fresca,
sem o friso das rugas
apenas o som da hora

rosto sem esperas,
ou verdugos.

Que ninguém ouse atar os urros,
do ventre que vibra,
até o avesso,
para acordar um olhar !

Amanhece,
entre as cavas dos poros.
e em que pese a pausa,
de palma e poema,

Haja a voz delirante,
ate alguém bisbilhotar !

A vida valsa com o verso arfante,

Então açoite todos os dilemas
e encontre um coração para morar !


Nina Araújo

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