soube que vendia sonhos:
quero uma dúzia dos bons
e, não me guarde rancor,
eu não os quero estranhos.
Sonhos belos, bem sonhados,
se for possível. Isto posto,
não quero escuro ou desgosto.
Quando eu não mais sonhar,
os sonhos encomendados,
traga-os, mas com cuidados.
Não se esqueça de embalar
como frágil, meu pedido:
não traga sonho quebrado
ou com o prazo vencido.
Meus senhor, por gentileza
trate-os com delicadeza,
serão meus últimos, veja
que eu ainda esteja
respirando a lucidez.
Caso isso não suceder,
doe todos de uma vez
a quem souber merecer.
Aline de Mello Brandão
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