A minha Poesia é uma árvore cheia de frutos
que um sol de tragédia amadurece;
mas eu não os arranco nem procuro:
- o meu sol de tragédia aquece, aquece,
e o fruto cai de maduro.
No resto, sou empregado de escritório
que não procura desvendar abismos,
e passo o dia (glorioso ou inglório)
a somar algarismos...
A minha Poesia é um árvore cheia de frutos
que um sol de tragédia amadurece;
mas eu não os arranco nem procuro:
- sei a miséria da estrada percorrida;
o meu sol de tragédia aquece, aquece,
- e o fruto cai de maduro
no chão da minha vida.
(Sidónio Muralha)
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