No ventre dourado do domingo
Os fatos se entesouram
Ninguém explica a mulher que surge
Nua, das águas quentes do mar da costeira...
Alma que anseia ser peixe
E paradoxalmente voar
Alma que anseia ser pássaro
E absurdamente ser pedra fincada no chão...
No colo quente de um domingo de sol
A verdade é um corpo moreno
Que vaga nas abas das ondas
Como um milagre singularmente bonito
Alma que anseia ser deusa
Mesmo sendo precariamente humana
Alma que anseia o sagrado
Paradoxalmente profana.
(Radyr Gonçalves)
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