Compreendi o valor da semente que invade o concreto e concretiza a primavera
O valor do sorriso no porta-retrato
O terço à cabeceira numa prece nata
O tapete à porta dando boas vindas e a esperança que retrata
Hoje compreendi o orvalho derramando-se quieto
A areia ali daquela praia contando-me histórias
Compreendi a linha em branco, divisória
Dos meus suspiros inculpes
Compreendi nas coisas miúdas e silenciosas
Quase sagradas, agregando pequenos segredos
A estratégia para viver um pouco mais
Quando se tem medo de perder a esperança.
(Cristhina Rangel)
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